terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Richie Kotzen - 24 Hours - 2011

                                          
01 - 24 Hours
02 - Help Me
03 - OMG (What's Your Name?)
04 - Get It On
05 - Love Is Blind
06 - Stop Me
07 - Bad Situation
08 - I Don't Know Why
09 - Tell Me That It's Easy
10 - Twist Of Fate

Andy Timmons Band – Plays Sgt. Pepper - 2011

                                            
01. Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band
02. With a Little Help From My Friends
03. Lucy In the Sky With Diamonds
04. Getting Better
05. Fixing a Hole
06. She’s Leaving Home
07. Being For the Benefit of Mr. Kite!
08. Within You, Without You
09. When I’m Sixty-Four
10. Lovely Rita
11. Good Morning, Good Morning
12. Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band (Reprise)
13. A Day In the Life
14. Strawberry Fields Forever

A história do pedal Tube Screamer da Ibanez


Um relato histórico do mais icônico pedal de overdrive do mundo da guitarra.
Primeiramente projetado por S. Tamura no final dos anos 70, o pedal da Ibanez, Tube Screamer, é sem dúvidas o pedal de overdrive mais amado no mundo. Foi usado por grandes nomes da guitarra tão diversos como Eric Johnson, Trey Anastasio e Brad Paisley, e alguns ainda poderiam dizer que nenhum outro pedal teve um maior impacto na expressão musical ou teve um papel tão importante no desenvolvimento das modificações de efeitos.
A essência do apelo do Tube Screamer – o qual multidões de projetos similares inspirados por ele tentam capturar – são as qualidades sutilmente agradáveis que
ele induz quando interage com um amplificador valvulado: enquanto você aumenta
a amplitude de um sinal de entrada para sobrecarregar o pré-amplificador de um
amplificador valvulado, ele distorce o sinal de uma forma que acrescenta sustain, edge e vivacidade harmônica, enquanto preserva as características tonais inatas da guitarra e do amplificador – e sem obscurecer a dinâmica do guitarrista. Para o Tube Screamer, o objetivo do projeto era distorcer o sinal simetricamente, e não assimetricamente, como uma válvula faz.

Começo Humilde
Os pedais emergiram como a ferramenta de mudança de som escolhida pelos guitarristas na onda da “guitar mania” abastecida pelas bandas da Invasão Britânica, como os Stones, os Beatles e os Kinks na metade dos anos 60, e depois Hendrix, Beck e o Cream até o final daquela década. Ainda que essas bandas confiassem predominantemente nos amplificadores valvulados para conseguir timbres clássicos, os novos sons que eles injetavam na trilha do seu sinal através dos pedais foram possibilitados pela invenção do transistor em 1948. Os pedais rapidamente se tornaram uma das maneiras de melhor custo-benefício, mais convenientes e instantâneas para gerar os excitantes novos sons que deram forma ao rock’n’roll – e a cultura moderna por extensão. No final dos anos 60, o mercado foi inundado por modificadores de som portáteis, e efeitos se tornaram um lugar comum na música pop. A expressão sonora tinha sido modificada para sempre.
A Ibanez e sua matriz, a Hoshino, eram infames no final dos anos 60 e começo dos 70 pelas suas cópias mais baratas de Fender, Gibson e Rickenbacker. Sem surpresa, também adicionou pedais ao seu line-up na metade da década de 70. Esses pedais eram feitos na verdade pela Nisshin, uma companhia japonesa que produzia captadores para algumas guitarras Ibanez. Num acordo comercial curioso, a Nisshin foi permitida a comercializar sua própria linha de efeitos, que eram idênticos aos que produzia para a Ibanez, e foram vendidos com a marca Maxon. No final dos anos 70, a Nisshin estava desenvolvendo o primeiro Tube Screamer – o célebre TS808 que estreou em 1979 e foi popularizado posteriormente por Stevie Ray Vaughan, entre outros. De acordo com o antigo gerente de produtos da Ibanez, John Lomas, quando o Tube Screamer foi criado, a Roland – uma grande competidora japonesa – estava produzindo o Boss OD-1 OverDrive e já tinha uma patente sobre clipagem assimétrica em amplificadores solid-state. Isso fez a Nisshin usar clipagem simétrica no Tube Screamer.
“Se você olha para os esquemáticos entre um Tube Screamer e um Boss OD-1, eles são quase exatamente a mesma coisa,” diz Lomas. “O OD-1, contudo, é o que chamam de ‘clipador assimétrico’. Quando você envia um sinal para ele, ele não distorce a parte superior e a parte inferior da onda sonora da mesma forma. Ao invés disso, ele distorce um de forma diferente, da forma que uma válvula faria. O Boss OverDrive original foi projetado como um simulador de válvulas, o que foi realmente grande naquela época porque, claro, a maioria dos amplificadores estavam começando a se afastar das válvulas. Eles eram solid-state, e realmente soavam mal. Então havia um mercado para pedais simuladores de válvulas. Eu acredito que esse é provavelmente o motivo do Tube Screamer ter sido nomeado Tube Screamer [‘Válvula Gritante’, numa tradução livre]”.
O TS808 também se diferenciava do OD-1 por ter um controle de Tonalidade, um chip comum de circuito integrado JRC 4558D, e um footswitch  retangular pequeno. “O Tube Screamer foi o primeiro pedal que eu vi que tinha um Circuito Integrado nele,” diz Lomas. “Todos os overdrives anteriores ao Tube Screamer eram construídos em torno de transistors”. Lomas sustenta que o doce e vocálico som de frequência média pelo qual o TS808 é conhecido, tem tudo a ver com o chip IC JRC4558D – o que explica porque Lomas e muitos aficionados por overdrive  preferem o som do original a outras permutações do pedal que surgiram ao longo dos anos.
O TS atinge seu auge
Apesar da popularidade e do status de Cálice Sagrado atingido pelo TS808 original, o Tube Screamer não foi deixado de lado – e muitos amantes dos pedais são gratos por isso. Talvez o mais popular de todos os Tube Screamers, o TS9 substituiu o TS808 em 1982 com a introdução da 9 Series. O TS9 era ligeiramente mais brilhante e um pouco menos suave que o 808 no som. O dois eram praticamente idênticos internamente, a não ser pelo output expandido do TS9. O footswitch ficou maior, também. O pedal Série 9 tinha um footswitch que ocupava aproximadamente um terço do pedal – uma jogada pretendida claramente para competir com o design “fácil-de-pisar” dos pedais Boss. Contudo, uma desvantagem do novo Tube Screamer, de acordo com Lomas, é que os TS9 eram construídos com uma fonte meio que randômica de partes – basicamente, qualquer coisa que estivesse prontamente disponível na hora da fabricação. Isso resultou em TS9s que variavam grandemente de lote pra lote.

A introdução do TS9 não foi um momento mágico, de forma alguma,” diz Lomas. “O público não deu a mínima – por muito tempo. Ele engrenou muito mais tarde. Eu diria que realmente começaram a falar sobre ele no final dos anos 80, e nos anos 1990 ele estava começando a se desenrolar”. Já que houve pouca demanda pelo TS9 quando ele foi lançado, já estava fora de produção em 1985. A Ibanez então lançou uma nova série de pedais, a Master Series, sem um Tube Sreamer no line-up. Em vez disso, incluía o Super Tube STL – um flerte de 4 botões com um circuito de Tube Screamer e um equalizador de 2 bandas. De acordo com “Analog Mike” Piera – um notório expert em pedais cuja companhia, Analog Man, começou modificando Tube Screamers para especificações originais na metade dos anos 90 – o STL era similar ao raro (e muito valioso) ST-9 Super Tube Screamer europeu que nunca foi lançado nos EUA.

A Masters Series durou somente um ano, contudo – e o Tube Screamer não ficou perdido por muito tempo. Em 1986, a Ibanez lançou a brilhantemente colorida Power Series (também conhecida como 10 Series), que continha um novo, de maior fidelidade, TS10 com circuitos mais silenciosos que eliminava o incômodo ruído agudo que os Tube Screamers mais antigos às vezes emitiam quando todos os controles eram aumentados. Contudo, essas alterações afetavam o timbre da florescente estrela, e o TS10 não foi tão bem recebido quanto a Hoshino esperava. Graças a experts do blues e do blues-rock como SRV, muitos instrumentistas estavam ficando viciados nos timbres dos Tube Screamers TS808 e TS9.

Piera diz que, até o uso recente do TS10 por músicos como John Mayer, o TS10 tinha continuado indesejado. “Eu ainda os odeio,” diz ele, chamando-o de pedal “descartável”. “Eles usaram partes proprietárias baratas – jacks, switches e potenciômetros que frequentemente quebram e não podem ser substituídos, porque as partes robustas usadas em pedais como o TS9 não cabem. Eles têm placas de circuito que tem todas essas partes armadas nelas que quebram, para que eles possam fazer pedais mais baratos com soldas mecânicas.”
Lomas explica como a economia afetou a qualidade da fabricação durante aqueles anos. “Quando eu entrei na compania,” diz Lomas, “por volta de 83 ou 84, a cotação era algo como 260 yen para um dólar. Hoje, é cerca de 77 ou 78. Em 85, o yen começou uma virada e estava baixando para cerca de 150, 160 – e eles [Hoshino] estavam se cagando de medo. Eles eram capazes de pegar qualquer coisa feita no Japão e jogar no mercado norte-americano e fazer dinheiro com isso porque era de boa qualidade e a taxa de câmbio era muito favorável para o yen. Então, de repente, eles tiveram que começar a se preocupar com fazer as coisas com bom custo-benefício.”
Quando a Ibanez lançou sua linha de efeitos Soundtank em 1991, o novo objetivo do projeto do TS5 Tube Screamer era capturar o som das unidades antigas, vintage, a custos menores usando técnicas de produção simplificadas. O TS5 não era handwired como o TS9 e o TS808, e foi finalmente vendido numa embalagem de plástico de alto impacto, em vez da embalagem de metal original. Os circuitos dos TS5 são comparáveis aos do TS9, mas foram feitos pela fábrica com sede em Taiwan Daphon, em vez da Nisshin, e apresentavam componentes menores e mais baratos.
Renascimento de um Clássico
Talvez a ressurreição do TS9 fosse inevitável, mas Lomas contribuiu para o seu legado insistindo para a reedição de 1992 do TS9, e depois desenvolvendo o TS9DX Turbo Tube Screamer. Ele diz que quando assumiu o desenvolvimento de produtos em 1990, ele imediatamente começou a fazer pressão por uma reedição do TS9. TS9s usados estavam sendo vendidos em lojas por bem mais de U$250, quando a própria Ibanez estava vendendo unidades usadas para comerciantes por cinco dólares. Lomas diz que a gestão foi cautelosa. A Nisshin queria se mover na direção da tecnologia digital e não tinha nenhum interesse em ir “para trás”, para os velhos produtos analógicos – o que é de certa forma irônico, ressalta Lomas, considerando que a Nisshin está produzindo muitos dos efeitos anlógicos antigos agora. “Na época,” diz ele, “eles achavam que éramos loucos.”
Mas o dinheiro freqüentemente fala quando faltam palavras. Depois de prolongada intimidação, a Nisshin começou a ver as notas de dólar que tinham convencido Lomas, e eles autorizaram a reedição. Lomas se lembra como ele e seus colegas passaram semanas comprando cada TS9 original que eles conseguissem por as mãos, para assegurar que a reedição seria uma réplica exata. Quando eles abriram e examinaram os pedais, eles descobriram que quase todos tinham um chip Toshiba TA75558IC em vez do chip JRC comumente encontrado nos TS808. “Já que 90, 95% dos TS9 tinham esse chip,” diz Lomas, “foi esse que decidimos colocar de volta nele.” Ele recorda com uma pontada de nostalgia a forma como a companhia falou com orgulho sobre a reedição quando ela finalmente foi lançada – sobre como ela foi feita na mesma fábrica que o original. “Ele até era montado pelas mesmas senhoras de meia-idade. Era uma cópia perfeita,” diz ele. Até o manual era idêntico – datado de 1981, para autenticidade. Mais de 5000 foram vendidos dentro de semanas após o lançamento, e a Ibanez estima que foram vendidos de 10 a 12 mil reedições do TS9 a cada ano durante a década passada.
Com o sucesso da reedição do TS9, o TS9DX pareceu algo que não importava. De acordo com Lomas, a companhia viu, com um pouco de inveja nos olhos, os pedais de wah multi-load da Dunlop voarem das prateleiras. A Hoshino sentiu que precisava de um Tube Screamer com diferentes modos de output e distorção, e pareceu que a única coisa a se fazer era entrar em ação. Então, em 1998, Lomas projetou o DX para músicos que desejavam mais volume, distorção e registros graves. Em adição aos controles de Drive, Tone e Level que já haviam se tornado um elemento principal nos Tube Screamers, ele adicionou um quarto controle, com quatro posições: TS9, +, Hot e Turbo, cada uma adicionando registro grave e aumentando o volume até certo grau. O circuito é exatamente o mesmo do TS9 original, mas o seletor de modo muda certos parâmetros de componentes por meio de diodos de clipagem e capacitores de tonalidade. O modo + é mais áspero que o TS9 original, enquanto que Hot concede um som com mais cruch e médios amplificados, e Turbo, o mais poderoso dos quatro modos, projeta um som mais grosso, mais moderno.
“Eu queria criar algo que fosse o mais fiel possível ao timbre do Tube Screamer, para que em ao menos uma posição ele fosse um Tube Screamer clássico,” diz Lomas. “Foi aí que eu surgi com a idéia de variar os clipadores. Eu não queria nenhuma simulação digital porque, na minha cabeça, ele simplesmente não seria um Tube Screamer dessa forma.”

Um Legado de Médios
Na última década, o Tube Screamer continuou a evoluir com novas edições, como o TS7 Tone-Lok, a reedição do TS808, o TS9B – o primeiro Tube Screamer para baixo – e a introdução em 2010 do amplificador Tube Screamer – um amplificador ultra portátil, de baixa potência (disponível em versões combo e cabeçote) que incorpora um circuito selecionável de Tube Screamer no seu pré-amp. Até agora, modelos de combo e cabeçote de 15 watts estão disponíveis, ainda que existam rumores de que modelos de diferentes potências estejam sendo trabalhados.

Apesar das muitas variações do Tube Screamer, o vendedor de eletrônicos da Ibanez Frank Facciolo diz que seu som lendário está enraizado na sua característica presença nos registros médios. Lomas concorda. “Ele ainda é uma das melhores coisas para dar overdrive a qualquer amplificador valvulado,” ele diz. “Ele simplesmente faz coisas mágicas às válvulas.”

Para você saber qual o ano de fabricação e origem de seu
Tube Screamer, basta conferir a tabela abaixo:



1997 até os dias atuais (CE logo )
  • F = FujiGen
  • YYXXXXX formato
  • YY = year (98=1998)
  • XXXXX = número de produção
1987-1997
  • F = FujiGen
  • H = Terada
  • I = Ida Gakki (Iida)
  • YXXXXX formato
  • Y = year (2=1992)
  • XXXXX = número de produção
1975-1986
  • MYYXXXX formato
  • M = Month (A = Jan to L = Dec)
  • YY = year (82=1982)
  • XXXX = número de produção