Ouvido absoluto é capacidade de interpretar os sons ouvidos, identificando suas respectivas notas (Ouvido absoluto passivo) e/ou podendo reproduzi-las cantando ou assobiando as notas escutadas (Ouvido absoluto ativo).
Uma pessoa que possúi ouvido absoluto não só pode identificar as notas, mas também consegue dizer se tal nota está totalmente afinada. Nem todos os possuidores de ouvido absoluto são músicos, porém é necessária preparação musical para completo desenvolvimento e capacidade auditiva.
O ouvido absoluto também é comum entre aqueles que possuem Síndrome de Williams.
No total temos três tipos de ouvido absoluto:
Ouvido absoluto passivo - O possuidor do ouvido absoluto passivo consegue identificar notas individuais sem nenhum esforço, e com conhecimento musical, pode dizer o tom de uma música logo que a escuta.
Estima-se que a média de pessoas com ouvido absoluto passivo seja em torno de 1/20 ou mais.
Ouvido absoluto ativo - A pessoa que possui ouvido absoluto ativo consegue cantar as notas solicitadas sem que tenha uma referência da mesma. A média de pessoas que possuem ouvido absoluto ativo são de 1/10.000.
Ouvido absoluto muito fino - Sendo extremamente raras, pessoas com habilidades de ouvido absoluto muito fino não só são capazes de reconhecer uma notapelo nome, como também saber se ela está ligeiramente aguda ou mais grave, levando em consideração o padrão de afinação comum (Um lá de 440Hz).
O possuidor do ouvido absoluto muito fino consegue identificar se o som está desafinado, a distância de poucos Savarts (Savart é a unidade de afinação que um ouvido pode captar, um savart equivale a quatro centésimos de um semitom).
Principais habilidades de quem possui ouvido absoluto:
- Nomear notas e acordes apenas por ouvi-los.
- Identificar o tom das canções.
- Cantar em qualquer tom, sem nenhum som de referência.
- Reproduzir canções, cantando-as afinadamente depois de ouvi-las.
- Compor músicas de cabeça.
- Identificar os acidentes (Sustenidos e bemois) de uma escala, sem referência.
- Celine Dion
- Eric Johnson
- Frank Sinatra
- Frédéric Chopin
- Heitor Villa-Lobos
- Hermeto Pascoal (Quando era criança, transformava panelas, bacias com água e penicos em instrumentos afinadíssimos. Em um de seus discos, Hermeto deu uma de Mozart e utilizou porcos para criar novas sonoridades).
- Jimi Hendrix (Quando ele começou a aprender guitarra ele não poderia suportar um garfo afinador, por isso ele foi para a loja de música local, decorreu seus dedos sobre as cordas, foi para casa e afinou-a. Porque a guitarra tem quartas em seus intervalos entre cordas, só alguém com ouvido absoluto poderia ter feito isso, ou qualquer pessoa com um afinador digital ou um ouvido de 2 meses de aula de guitarra. Embora Hendrix nunca tivesse aprendido a ler música escrita, no início de sua carreira como sideman ele poderia aprender o novo repertório inteiro de uma banda em uma ou duas horas por ouvir as músicas apenas uma vez. Mais uma vez, isso vai além de alguém com ouvido absoluto).
- João Gilberto (Parte de seu mau-humor vêm do seu ouvido absoluto supersensível. João não tolera celular, cochichos na platéia, ar-condicionado barulhento ou caixas de som desreguladas, por isso mandou trazer técnicos do Japão para seus últimos shows no Brasil).
- Johann Sebastian Bach
- Ludwig Van Beethoven
- Michael Jackson
- Miles Davis
- Ray Charles
- Ritchie Blackmore
- Steve Morse
- Steve Vai
- Stevie Wonder
- Wolfgang Amadeus Mozart (Aos 5 anos ele já tocava piano e compunha melodias inteiras. Seu pai, exigente, o obrigava a estudar sem parar. Seu ouvido absoluto lhe permitiu classificar o grunhido de um porco era um sol sustenido).
- Yanni
- Yngwie Malmsteen
O ouvido absoluto é uma qualidade genética, porém muitos acham que esta habilidade pode ser ganha com o passar do tempo, dedicando-se a estudos musicais, deste modo, "ensinando" o cérebro que tal nota é um dó, e assim por diante. Deste modo, memorizando cada nota para que possa ser identificada posteriormente.
Outros acham que todos nascem possuindo ouvido absoluto, porém tal habilidade é perdida ainda quando crianças por falta de prática.